17 de dezembro de 2012

Poema rápido, desesperado e sem título sobre o tempo e o amor


Ainda há pouco
Emparelhados
Enchemos os dias
Mais longos e vazios

Laceráveis horas vagas
Com você eu estava
E nos minutos mais incertos
Eu me declarava

Incerta hora
Prazeres do agora
O momento absoluto
Eu mudo

Na hora certa ou errada
Em você eu pensava
Enquanto se esquecia
De tudo o que eu dizia

Eis o fato
Consumado
Ora ora
Consumando-se

Agora já é hora
Num segundo
Volta o mundo
E vou-me embora

Minutos, horas, dias
Mês preciso
Eu mesmo
Eu nada

Os meses sempre cheios
O dia só vazio
Você desamparada
Eu preocupado

Razão não mais havia
Pra tamanha assincronia
Pois a quero todo dia
A hora certa a gente cria

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